quarta-feira, 24 de abril de 2013

Homem de Ferro – Extremis

O terceiro filme do Homem de Ferro terá como referência a minissérie Extremis, responsável por grandes mudanças na vida de Tony Stark.

Minissérie escrita por Warren Ellis e desenhada por Adi Granov, sendo considerada como a história responsável por "reinventar" o Homem de Ferro. Desde que surgiu, o personagem sempre foi alvo de reflexões políticas; afinal, foi criado em 1963, no período da Guerra Fria.

Ao longo da carreira, o industrial Anthony Stark desenvolveu diversas tecnologias para fins militares, algo que contribuiu para que fizesse dele um dos homens mais ricos do planeta, ao mesmo tempo que tornou-se alvo de críticas negativas perante a opinião pública, isso devido ao fato de como suas invenções foram usadas para dizimar a vida de milhares de pessoas em guerras. 

Por ironia do destino, Tony Stark acabou sendo vítima de uma de suas criações, durante um ataque de insurgentes: um dos estilhaços de uma mina que explodiu acertaram o tórax de Tony, sendo que um dos fragmentos permaneceram próximo ao coração, determinando um prazo de vida. Na corrida contra o tempo para se salvar, Tony desenvolveu o protótipo do "Homem de Ferro" para que pudesse escapar de seu cativeiro. 

A armadura possui um gerador de campo magnético na placa peitoral, já que o estilhaço não pode ser retirado, pois Tony pode morrer no processo: o gerador magnético mantém apenas o estilhaço no lugar, impedindo que avance e acerte o coração. Depois de muitos anos, graças à medicina avançada do século XXI, o estilhaço foi removido do tórax, tornando assim o Tony "livre" do Homem de Ferro.

Para saber mais sobre o início da carreira do Vingador Dourado nos quadrinhos, leia este artigo:

Chega de passado, vamos falar um pouquinho sobre o futuro ou, no caso, sobre uma das melhores histórias do Homem de Ferro.

Aviso: se você não leu Extremis ou ainda não assistiu o terceiro filme, a continuação do artigo possui revelações sobre o enredo.

Na minissérie Extremis Tony está mais reflexivo do que nunca, buscando um verdadeiro motivo para continuar atuando como o Homem de Ferro, querendo contribuir de forma eficaz para a humanidade – talvez por se culpar de ter criado diversas formas de destruição. Tony Stark é constantemente questionado sobre o seu passado "sombrio", tudo por causa de suas contribuições no setor bélico mundial – as Forças Armadas Americanas não foram os únicos clientes do Sr. Stark.

homem de ferro extremis
Manifestantes em frente a Stark Internacional. No Brasil, esse ato virou até maneira fácil de ganhar dinheiro.

Um dos melhores momentos da minissérie, é quando ele aceita participar de uma entrevista que fará parte de um documentário, no "melhor" estilo do Michael Moore. John Pillinger, o cineasta e documentarista, começa uma série de perguntas que abordam justamente o período em que Tony mais contribuiu para o setor bélico. O intuito do cineasta é imputar em Tony toda e qualquer tipo de desgraça que sua tecnologia trouxe ao mundo, sendo desonesto em não mencionar o avanço que a mesma trouxe para diversas esferas, seja a da medicina ou a espacial – não que isso livre Tony da sua parcela de culpa, mas as perguntas só servem para manchar a imagem dele diante da sociedade americana e mundial.

John Pillinger é aquele tipo de sujeito que é idolatrado por boa parte da Esquerda mundial –assim como Michael Moore. Ao longo da entrevista, Tony acaba se irritando, pois percebe aonde seu "entrevistador" quer chegar e o responde dessa forma:

iron man extremis
Aprenderam? É exatamente assim que se responde aos "paladinos da verdade e da justiça".

Depois de passar por essa cansativa entrevista, uma antiga colega de Tony que trabalha na Futurepharm, Maya Hansen, pede sua ajuda para que ele recupere um trabalho que vinha desenvolvendo ao longo dos anos: uma "fórmula" semelhante ao soro do supersoldado que foi usado em Steve Rogers, o Capitão América. Essa fórmula, batizada de Extremis, é capaz de reconfigurar as funções cerebrais e garantir vantagens ao corpo, como se fizesse uma atualização no organismo do usuário.

O Extremis – que trata-se na verdade de um vírus – foi roubado da Futurepharm por um grupo de terroristas. O líder do grupo aplica a dose que roubou e começa a produzir estragos em algumas cidades dos EUA. Enquanto isso, Tony pensa em uma forma de melhorar a sua armadura, pois ainda possui problemas com relação aos comandos, já que eles demoram alguns segundos para que sejam executados. É exatamente por conta dessa desvantagem que o Homem de Ferro quase morre ao enfrentar Mallen, o sujeito infectado com o Extremis.

Outro importante trecho da história, que acontece antes do Tony levar uma surra de Mallen, é quando ele e Maya vão até a casa de Sal, um tipo de "guru" dos dois. Durante a conversa, o cientista hippie menciona que o uso de algumas drogas, como o DMT, são capazes de fazer o usuário alcançar o que seria o "sistema operacional" do corpo humano, chegando a conclusão de como elas também são uma forma de tecnologia.

Depois de levar uma surra de Mallen e estar próximo da morte, Tony pede para que Maya aplique a última dose de Extremis nele, já que é a única forma de curar seus ferimentos – na luta ele teve a mão e a perna esmagada pelo inimigo, além de danos na placa peitoral. Já que o Extremis é capaz de reconfigurar o que seria o nosso "sistema operacional", Tony vê a possibilidade de usar essa vantagem e criar um meio de comunicação muito mais eficaz com a sua tecnologia. O problema é que o Extremis não é 100% seguro e ele pode morrer durante o processo.

Outro momento icônico da história, ocorre durante a fase em que Tony está em coma induzido: preso em um casulo (parte do processo do Extremis), ele começa a se lembrar de quando se tornou o Homem de Ferro. É notável a semelhança entre as lembranças de Tony e como o filme nos apresenta o "nascimento" do Homem de Ferro.

Tony sobrevive ao processo e mostra do que é capaz de fazer, já que agora o comando de sua tecnologia vai além dos executados por voz, sendo possível ele se comunicar com ela mentalmente. Além disso, a armadura interna de Tony, que reveste o corpo dele e o conecta com a parte robusta da armadura, agora sai dos poros de seus ossos! Veja o processo:

Agora aquele "probleminha" envolvendo o tempo para acoplar a armadura e a comunicação com a mesma parece não existir mais, né? A minissérie Extremis, publicada entre 2005 e 2006, é considerada uma das melhores histórias do Homem de Ferro, responsável por reinventar o personagem; ou melhor, atualizá-lo.

Sobre Homem de Ferro 3 Além da tecnologia Extremis, o filme terá Siege e o Mandarim. Bom, sobre a armadura Siege, no trailer o amigo militar de Tony, Rhodes, aparece usando ela.

Nos quadrinhos, essa armadura é usada pelo industrial Norman Osborn durante os eventos O Cerco e Reinado Sombrio. Norman Osborn é o Duende Verde, um dos maiores vilões do Homem-Aranha. O Mandarim é um dos vilões clássicos do Homem de Ferro; mas já que não faço idéia de como será o resultado de toda essa mistura no filme, é exatamente por isso que o artigo termina aqui.

Artigo sobre o Homem de Ferro 2:

Extremis nos apresenta a evolução de Tony Stark... o Homem de Ferro vive novamente!

extremis

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